sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O último.

Lágrimas por ninguém, só porque é triste o fim


Deve ser por isso que eu choro em toda passagem de ano. Que energia estranha que toma conta quando vejo os fogos e a gritaria e os abraços. Não adianta negar, por mais que se trate de apenas um fim de semana, não é como outro qualquer. É o fim. E o início. É a renovação da esperança de um ano sempre e cada vez melhor. É a lembrança do que passamos durante o ano que se vai, assim, de repente, numa fração de segundo. E todas as coisas que estão ficando pra trás.
Como retrospectiva particular, procuro uma palavra que mais se aproxime da definição de 2010 para mim. INTENSIDADE. Nos risos e nas lágrimas, esse ano foi assim. Intenso. Conheci pessoas maravilhosas, algumas eu até achava que já conhecia, mas tive a oportunidade do convívio. Posso dizer que me redescobri no meio de uma bagunça latente e comecei a me organizar.  Curti uma saudade imensa e chata. Encontrei pedras no meu caminho e chutei pra bem longe. Comecei a escrever! Só quem escreve sabe o prazer que é postar. Ainda que eu não escreva de fato, tornou-se minha rota de fuga predileta e confesso que muito me ajudou. 
E assim pensando, minha memória é tão fraca, logo esqueço qualquer coisa. Não sei recontar um filme que tenha gostado, nem me lembro qual foi a última novela que passou na tv, nem o nome do pessoal que estudou comigo por anos e anos no colégio. Mas não terei como me esquecer de tanto sentimento vivido em 2010 e publicado. E nem como deixar passar o que ficou por trás dos panos desses desesperos e alegrias lidos por aqui. 

Hoje deixo meu último post no Escorregando. Engraçado que é o primeiro que eu escrevo direto no blog, sem rascunho. Algo nostálgico. Algo inspirador. Ano novo, blog novo!  Que venham novas surpresas para todos, muita energia positiva e estabilidade. Receita infalível para um ano melhor. 


segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

pro ano que vem



Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar. Em 2011 prometo não me apaixonar.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Insensatez

Sem sono, agitada, desconcentrada, tagarela, assustada ao ouvir o telefone tocar.

É como eu fiquei,
depois que eu conheci
você.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Aos sábados

- Onde eu sento?
- Não vai caber todo mundo aqui
- Apaga a luz aí
- Pega uma cadeira na cozinha
- Deixa acesa
- Tá calor
- Não como no escuro
- Esse lustre é muito baixo e esquenta
- Tá solteiro ou casado?
- Não tem refrigerante?
- Um em cada esquina, pra encurtar o caminho da felicidade, vô
- Quem vai tomar vinho?
- Ô coisa linda do vô
- Passa a salada pra cá
- De quem é esse celular que tá tocando?
- Deixa tocar
- Fala baixo
- Não gostou da torta?
- É só pra diretoria
- Não come nada essa menina
- Almocinho mixuruca hoje
- E o almoço amanhã vai ser onde?
- Vou fazer lá em casa, os meninos vão ver o jogo
- Café doce, credo.



família, de perto.
(de vez em quando faz bem parar de pensar, e só estar - lá)

O que eu queria ser quando crescer

rica o suficiente pra fazer só trabalho voluntário
desapegada até não mais chorar
magra bastante pra poder me lambuzar
inteligente a ponto de ler uma vez só e saber
cantora ou dj
tatuada
imune




enquanto isso eu faço plantão (e jogo na loteria), sonho, passo vontade, reestudo, canto no chuveiro, compartilho música, espero o inverno chegar e tomo (e dou) vacina.


are we there yet?




terça-feira, 30 de novembro de 2010

O som do nada é o barulho mais alto do mundo, agora, pra mim, e grita FIM.
=(

sábado, 27 de novembro de 2010

Elixir

Sei que ando meio fúnebre ultimamente, e eu nem sou de ser assim, mas é o que temos para hoje. Então eu estava pensando no que eu queria ter feito se eu morresse de repente. E descobri que não tenho muita coisa por fazer. Nas últimas semanas, assim sem planejar, resolvi muita pendência. Primeiro, falei o que eu pensava de "tudo isso" para algumas pessoas que já deviam ter ouvido meu discurso há tempos (altamente recomendável). Vivo em harmonia com minha família. Meus melhores amigos estão todos por perto e todos sabem o quanto são importantes pra mim. Aceitei o que eu sinto (e o que sou) - não luto mais contra isso. Consegui falar o que se sente, assim, explicitamente.
Mas ainda tenho algo que espera, chora, quer (demais-da-conta) e ainda tenho algumas coisas por fazer. Ainda bem. Acho que a falta de pendências na vida deve ser a causa das suas desistências.



quinta-feira, 25 de novembro de 2010

...



que triste que é...

ver passar e nada poder fazer pra segurar
descobrir que voltar no tempo é impossível
perceber que chorar não leva a nada, além de uma baita dor de cabeça
terminar antes de começar
ficar de mal de si mesmo
ter saudade do tipo que não dá pra matar
não poder falar o que se sente, assim, explicitamente
esperar...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O que será que será

                                                                                


Amanhã começa meu inferno astral.
Eu que nunca acreditei em signos, horóscopos, ascendentes, posição da lua, mapas estrelares e afins... Estou aqui pensando o que pode significar um "inferno astral" e começo a temê-lo. Imagino uma sequência de coisas erradas acontecendo, trinta dias seguidos de "eu não devia ter saído de casa hoje", culminando num mau-humor sem fim. Pneu furado numa tempestade bem no dia em que esquecer o guarda-chuva em casa secando na varanda - e abrir o porta-malas e não encontrar o step, acabar a luz de casa e ficar sem internet na noite anterior àquela apresentação do artigo que deixei pra fazer na última hora, entrar no banho e esquecer de pegar toalha, levar um tombo na rua e quebrar o salto e rasgar a calça no joelho, ficar doente de cama no único fim-de-semana livre de plantões... O pior é que nesse período eu vou ter que enfrentar algumas situações de risco, como ser madrinha de um casamento e ter que entrar na igreja de salto alto (imagina se o tapete vermelho tem algum engruvinhadinho fatal), ter 2 chances de pegar o buquê (desperdício), passar mais de uma semana trabalhando todos os dias e ter 1 dia de 1 fim de semana só pra passear, vou ter que andar de avião (!!!!), pouco tempo pra academia e muita guloseima à disposição. Estou com medo de descobrir que ele é gay, sei lá, ou que está grávido, coisas assim, que incapacitam meus desejos.
Trinta dias é muita chance pra muita coisa sair dos eixos. E anda acontecendo muita coisa boa comigo ultimamente, aumentando o tamanho do meu trilho, piorando os efeitos da queda... trauma grave à vista! Se eu sumir, já sabe né?!
Mas tem data pra acabar. E eu não acredito em signos, mapa ou inferno astral. Eu não sei viver de esperar. E eu nem gosto tanto dele assim.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ainda assim, ridícula

Queria escrever pra você!
Sobre sentimentos bobos ou inutilidades do dia a dia. Coisas à toa. Tipo o dia em que fui conhecer um bar só porque você disse que gostava, ou a minha vontade de ser acordada por você de manhã, ou sobre como, escorregando, você veio parar aqui de novo.

Mas, da mesma forma que o não-sonhar, ao dormirmos, reflete a rigidez do nosso casco, as palavras agora se escondem em de mim.


Poderia falar sobre vacinas, que tal?

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

E vice-versa.

É tanto sono que sinto que já não cabe em mim sentir mais nada. Deve ser isso. Tô cheia.

sábado, 30 de outubro de 2010

Procura-se:

homem alto, descabelado, barbudo, que goste de rock e samba, que acredite no amor, que seja carinhoso e me acorde antes do meu despertador, que tenha paciência, que entenda que eu tenho sempre razão, pra ir ao mercado comigo, checar a água e óleo do meu carro, arrumar meu computador, que goste do meu cabelo mesmo de manhã, que consiga ficar algumas horas jogando conversa fora sozinho comigo tomando um chopinho, que não assista televisão, que finja interesse por meus assuntos médicos, que não se incomode com a minha bagunça nem com o jeito torto com que eu aperto a pasta de dente, que não tampe o ouvido enquanto eu canto desafinada por aí, que me faça ir dormir cedo, que não se importe com marcas, que goste de andar de bicicleta, que não me troque pelo futebol aos domingos, que aguente minhas reclamações da vida, que me deixe a fim e que seja recíproco, solteiro e que não seja gay.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Escorregando

Sobre o dia em que eu acordei e resolvi escrever.


     Eu sou assim meio impulsiva mesmo. A idéia de ter um blog nunca havia me passado pela cabeça. Até que eu comecei a escrever e-mails que não deveriam ser enviados, se é que alguém me entende. Mas eu tenho esse problema de pensar alto e não conseguir guardar segredo. E, ao mesmo tempo, comecei a ler uns blogs por aí. E juntando minha vontade de falar, de ser ouvida (mesmo que pelo silêncio) e certo atrevimento em transformar sentimentos em palavras, ainda que nada poéticas, resolvi blogar.
     E de supetão eu decidi inaugurar isso aqui. Mas o site ficava me pedindo um nome. E era urgente, porque sem o nome não tinha o endereço e sem endereço não tinha blog e sem meu blog eu estava muda e como mulher eu preciava falar.
     A história do nome. Assim, bem colegial e pediatra, tentei primeiro que se chamasse "bloguinho". Mas, por incrível que pareça, já existia. Não conseguia achar um nome único, era só eu pensar que já estava lá, em algum lugar. Mas, como esperar isso de mim?, se eu mesma me chamo Ana Carolina e a coisa mais normal do mundo é ter nome repetido. Infelizmente, nesse mundo do blogger, repetir nome não vale. Foram então surgindo outras idéias infantis já plagiadas, como Bolinha de Sabão, Conversa de Botequim, Sassaricando, Papo Furado, Etc e Tal...
     Em meio a essa urgência nominal, surgiu Escorregando... Esse nome vira-e-mexe me vem à mente porque minha madrinha querida sempre tocava essa música no piano para mim, Escorregando, e eu amava, ainda amo, e ainda quero aprender a tocá-la. Além disso, para os que gostam de fosforilar sobre tudo, escorregando poderia significar meus tropeços pela vida, numa idéia de continuidade, nunca o tombo final. Aí pegou. E esse nome eu consegui pegar primeiro.
     Às vezes me dá muita vontade de mudar o nome do blog. E as cores. Acho que é tudo um estado de espírito. Então não se assuste se um dia entrar aqui e encontrar um neon ou se ficar tudo branco na mais pura paz, ou muito colorido. Ainda não encontrei outro nome para ele, mas virá. Porque, nessa vida, mudar é inevitável. E o escorregando estará sempre ali, ao lado dos dois-pontos-barra-barra.
     Agora estou aqui, sem enxergar a saída, viajando nesse mundo paralelo e mágico dos blogs. Onde eu posso falar o que eu quiser, alto ou baixo (ou gritar), verdades, mentiras, vontades. Onde só lê quem quer e acredita quem tem coragem - ou necessidade. Tudo sem incomodar ninguém. Sem esperar resposta (apesar de adorar comentários). Sem esperar nota alta ou estrelinha. Agradando a alguns, afastando outros. Num semi-anonimato. Meu novo vício. Meu divã.


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

No país das maravilhas

Percebi que para dormir basta fechar os olhos. Esse negócio de colocar pijama, ir pra cama e apagar a luz, não tem nada a ver.

Descobri que o dia pode ter mais de 24 horas! E descobri que a gente aguenta. Porque eu achava impossível ficar mais de um dia todo sem dormir. E seguir trabalhando. E dirigir para casa depois como se nada estivesse acontecendo. E querer continuar acordada porque dormir no seu tempo livre é um desperdício!

Conheci gente que não é gente. E muita vida desgracenta, mas cheia de graça.

Vi que ser ator não é privilégio de artista. Tem muito palco e muita fantasia por aí. E no fim do ato você pode estar exausto.

Aprendi que a situação que a gente passa maior risco de morte, na vida, é ao nascer. E que esses pontinhos pretos que eu enxergo são moscas volantes.

Tem mais algumas coisas que não são relevantes agora. Que eu estou cansada e amanhã meu dia tem 36 horas. Eu só não queria deixar passar em branco o nosso feriado.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Meu campo magnético na Terra


                                 

Outro dia fiquei imaginando quanta coisa tem que acontecer para que as pessoas se encontrem. Não que eu acredite em sorte, porque de fato não é isso que rege minha vida, mas tenho andado com muita ultimamente. Muita gente boa tem passado por perto de mim.

Esse ano eu tive o privilégio de fazer grandes novos amigos. Chega a ser difícil de explicar. Faz tempo que tento colocar em palavras esse meu encantamento e sem sucesso fui deixando para depois. Mas agora, com um boom de personalidades incríveis passando e indo e ficando por aqui, sinto esse post quase como uma obrigação, numa forma de agradecimento.

A começar por minha amiga homônima e sua irmã, minhas companheiras inseparáveis. Minha constelação (as três Anas). Donas de tantas das minhas histórias. O que seria de mim sem vocês? Com certeza, no mínimo, muito menos.

Também minha outra grande parceira, que funciona como uma mãe, como meu apoio, que insiste andar junto comigo, seguindo sempre o mesmo caminho, seja ladeira acima ou abaixo. Sem você eu caio, certeza.

Meu amigo japa, gêmeo, que carrega minhas alergias, minha manias, minha companhia e o peso de provavelmente ter sido separado de mim na maternidade! Nem preciso dizer mais o quanto é pra mim.

E essas meninas maravilhosas que compartilham comigo agora o dia-a-dia da nossa chefia, numa cumplicidade que nunca imaginei encontrar, sempre me ajudando, cuidando e cutucando, com o objetivo final de chegar lá. E estamos quase. E juntas. E amigas. E espero que continuem por aqui sempre.

Não sei se foi a Terra que mudou de lugar ou se fui eu que resolvi (sem-querer) ocupar outro espaço no mundo. Alguma coisa decerto aconteceu que me fez conhecer de novo pessoas que eu já conhecia e que agora orbitam comigo com interesses em comum, vendo a vida muitas vezes quase da mesma janela. Demais! E assim vou (re)descobrindo e conhecendo amigo de amigo feito inércia...

Até o dia em que eu conheci 30 de uma vez só. Impossível arrumar 30 iguais vindos de partes tão diferentes. E a gente era bem desse jeito, cada um mais peculiar que o outro. 30 cabeças. 30 vontades. 30 estilos. 30 expectativas. 30 nomes. E no fim uma coisa só. Um mais receptivo que o outro. Uns mais pais. Uns mais filhos. Uns mais jovens. Uns mais próximos. Uns mais longe. E começou ali com a gente. Todos querendo continuar. Quanto prazer em conhecê-los!

É porque meu mundo gira assim, chacoalhando, me empurrando pra perto de tanta gente incrível, que eu fico com essa vontade de viver, apaixonada, encantada e agradecida.

Tks

:**************

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Doze de outubro

A vocês,

Que deixam o meu dia mais leve
Que me ajudam a trabalhar quase sem perceber
Que transformam a própria dor em alegria
Que às vezes me dão dor de cabeça
Que me surpreendem com um beijo e um abraço
Que agradecem com um sorriso
Que me fazem rir mesmo no meio do maior mau humor do mundo
Que muitas vezes são mais fortes do que eu
Que me fazem precisar de ajuda para segurar
Que me fazem querer saber mais
Que falam com toda sinceridade
E que não veem maldade
Eu desejo, a todas, um feliz dia das crianças!  :)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Coisa de mulher

E ela amava tanto, queria tanto, sentia tanta saudade! Gastou seu tempo, seu sono, suas calorias e suas lágrimas... Até o dia em que ela o conheceu e viu que não. Definitivamente, não.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

De vez em quando dá uma vontade...


Você, que ocupa espaço demais, que passa bagunçando tudo, com falso discurso, falsas idéias e cheio de desculpas esfarrapadas. Você que não acrescenta. Ei, você!:

V a i -p r a -Tonga da Mironga do Kabuletê!




Vá por aqui, por favor.




Pois entre e caiba, reze e creia, ouça e, por favor!, fale. E, acima de tudo, pague pra ver...



*Porque ninguém aqui é de ferro.
 Ufa!


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Tempestade

E, num instante, cada silêncio é quebrado, a vida muda seu curso e o cenário se transforma. Pode se pensar na fragilidade do que se foi: as raízes arrancadas que demoraram anos para crescer, as janelas quebradas de onde não mais se vê, a estrada esburacada que agora isola. Mas eu tento pensar na força do que sobreviveu. E espero passar.  

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Lembrete

“A cada apelo da vida deve o coração
Estar pronto a despedir-se e a começar de novo,
Para, com coragem e sem lágrimas se
Dar a outras novas ligações.”

(Degraus - Herman Hesse)


Lindo-lindo, prático e útil.

Deixo esse trecho do poema aqui para ser sempre relido e assim, quem sabe, impregnado na gente e praticado. Aplicável não somente no quesito “relacionamento”, mas em tudo que envolve o coração.

Tudo bem, abro minha exceção e permito a todos e a mim mesma algumas lágrimas. Por um instante apenas!

O negócio é que é bom demais chegar lá. Recomendo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Minha visita à Terra do Nunca

Aconteceu comigo. Um dia fui viajar e nunca mais voltei.


Foi num mês de maio que embarquei atrás de um sonho: mochilar pela Europa. Passei dois meses trabalhando muito para juntar meus euros, o suficiente para comer qualquer coisa, dormir em qualquer lugar e conhecer tudo que tinha direito. Fui com duas amigas. O roteiro foi bem desplanejado, adaptado a todos os gostos e desgostos, do jeito que dava para ser. Eu sabia que iria gostar da viagem, claro, afinal viajar até para a casa do vizinho pode ser bom. Mas não sabia que encontraria um mundo encantado e que, como num conto-de-fadas, me transformaria.
Fui para lá com um certo medo, desses medos bons, do desconhecido, que se apresentam com friozinho na barriga e se desfazem devagarzinho, sem se deixar perceber, deixando só a segurança do novo.  
E tudo o que podia aconteceu: fiz 10 vôos e fiquei craque, conheci três países diferentes e tirei fotos, falei inglês espanhol alemão francês italiano e português, ganhamos VIP, dançamos em uma balada na Ilha da Fantasia e fizemos amigos, fomos beber com o time de handebol, fizemos um filminho, comprei perfumes, comprei um rímel e aprendi a usar, descobri Nutella, conheci uma das praias mais paradisíacas do mundo, o topless virou normal, vi o sol às dez da noite e não dormi... carregamos a mala mais pesada do mundo, dormimos num albergue tombado, parei para ouvir uma sanfona e La Comparcita numa ruela de filme, experimentei tapas, encontrei brasileiros trabalhando por lá, sai à noite a pé com novos amigos, ganhei Morritos, conheci um palácio real, me encantei, encontrei Guernica, tirei foto do Gran Masturbador, não peguei fila, almocei tapas de 1 euro, andei com um guia particular, passei em frente ao restaurante mais antigo do mundo, endireitei a coluna para tirar foto, abri o mapa, corri para conhecer o máximo que podia e cheguei ao marco zero, passamos a mão no bumbum da estátua de bronze e tiramos fotos, andei de metrô, e terminei o dia com o sol no meu rosto enquanto via os touros perderem... carregamos as duas malas mais pesadas do mundo, andamos em círculos sob o sol, encontramos Alice no País das Maravilhas e quase deu errado, deu tudo certo, ficamos tão felizes, ficamos amigas, conhecemos uma Power Ranger de verdade (silver one!), fiquei reta para sair na foto, andamos, subimos, descemos, experimentamos gelato, conhecemos ruínas, tomamos gelato, vimos um monte de pedras e não entendemos nada, entrei no Coliseo, arrepiei, não quis mais sair, mas precisava de um gelato, esbarrei várias vezes em Vittorio Emanuele, joguei moedinha na fonte com a esperança de voltar, fomos às compras e não vimos o Papa, subimos 500 degraus, vimos os Santos lá de cima, tiramos muitas fotos, a Capela estava fechada e eu fiquei triste, nos desesperamos com a idéia do último gelato, entramos no castelo mais caro do mundo, ficamos cansadas felizes realizadas, jantamos pizza com vinho ao som de bossa nova, e admiramos as luzes do Coliseo à noite... acordamos de madrugada e carregamos as malas mais pesadas do mundo, saímos para andar e encontramos as ramblas, nos perdemos num mundo mágico de compras, comi chocolate na Boqueria, voltamos sem pernas, mas já que num faz-de-conta continuamos andando, subimos, subimos, subimos, alcançamos a vista mais linda, como-não-perceber a Sagrada Família, dançamos num jardim, tiramos fotos, rimos, nosso guia se perdeu, encontramos um castelo fechado, ganhamos uma recompensa: o mar, descobrimos como águas que dançam podem nos fazer chorar, revezamos a bicicleta desajeitada por 4 horas, comemos um gelato falsificado, resolvemos comer tapas, adotamos nossa adega preferida no mundo, vinho tinto por favor, água por favor, remédio por favor, deixamos nossa marca no albergue mais maluco do mundo, encontramos pessoas especiais, quisemos bem, trocamos email, ficamos felizes, e quase de surpresa nos separamos pela primeira vez... andei de avião sozinha com minha mochila, não precisei de uma flor amarela, fui bem recebida, participei de uma festa italiana com italianos, comi comida italiana feita por uma futura mamma, não consegui conversar, dei risada, reencontrei o gelato, fiquei feliz, vimos um homem desistir de se suicidar pulando da maior catedral gótica do mundo, reencontrei Vittorio Emanuele, dei três voltinhas no touro, não vi a Última Ceia, tiramos foto, fugimos de casa, ganhei abraço, fiquei feliz, sonhei, e pela última vez me despedi de novo... andei de avião sozinha com minha mochila, achei que português era outra língua, subi ladeira, desci ladeira, tirei foto, passei calor, passei o bondinho, virei tradutora, conheci de onde veio a história do meu país, tomei café com uma Pessoa única, falei sozinha, vi um rio que parece mar, vi a cidade enfeitada, entendi porque Lisboa é boa, fiz compras, descobri que pastel não é salgado e tirei foto, fui até onde jaz Camões, acordei e vi a banda passar, degustei vinho, ouvi o fado e senti saudade, reencontrei as duas, fomos para o Alto e vivemos a noite, ficamos muito felizes porque deu tudo tão certo, fui dormir com a música lá fora e chegou o dia em que o portal se abriu e eu tive que partir...
E fiquei assim, renovada, mais viajada, mais maquiada, mais ereta, mais tolerante, mais desencanada, mais encantada, com gostinho-de-quero-mais, com vontade de conhecer o mundo, com roupa nova, com óculos-de-sol novo, com um tênis velho, sem meu chinelo, sem meus euros, sem meu medo, sem metade, com novos amigos, com novas irmãs, com novos gostos, com novas escolhas, com novas saudades, com novas histórias e com fotos que-não-acabam-mais.




domingo, 12 de setembro de 2010

Uma história de amor

Feia, cinza, caótica e desorganizada. Solitária. Irritante. Barulhenta. Esparramada. Isso sempre foi a cidade de São Paulo para mim. Em qualquer dia da semana, em qualquer esquina, estampavam-se em negrito todos seus defeitos. Desejava todo dia estar longe daqui.

Mas, como um passe de mágica aos olhos de uma criança, hoje acordo e percebo como me encanta, São Paulo! Vivo agora numa fase gostosa, dessas de começo de namoro, com minha cidade: uma ansiedade boa, que dá vontade de conhecer mais, de viver, de aproveitar cada tempo livre para explorar seus cantos por aí.

E onde antes via cinza, hoje vejo o pôr-do-sol na fachada do prédio espelhado. Onde antes via o caos, percebo a coerência de suas partes, como um caleidoscópio. Passei a me encontrar no meio da sua bagunça. E a encontrar amigos, das mais diferentes tribos que vivem aqui. Seu barulho me lembra que há vida o tempo todo e me traz alívio! E todo o seu tamanho me oferece toda sua diversidade.

Cidade da cultura. Cidade da moda. Cidade da gastronomia. Cidade da política. Cidade da ciência. Cidade da tendência. Cidade de encontros. Cidade de muitas histórias. Cidade da oportunidade. Cidade da gente.

Hoje há em suas esquinas ainda aqueles seus defeitos. Mas como é regra em toda paixão, eu a vejo, assim, linda, e me encho de esperança.

sábado, 11 de setembro de 2010

Hoje

meio cansada. meio feliz. meio triste. meio cheia de coisa pra fazer. meio sem vontade. meio com sono. meio querendo. meio sem esperança. meio assim... com saudade do que ainda não existiu.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Desaventuras Em Série: "Silêncio, por favor"

    Outro dia fomos à Sala São Paulo. Após quase 01 semana esperando, a oportunidade de conhecer aquele belíssimo espaço da cidade de São Paulo, ponto turístico e cultural não facultativo, chegara. Roupa intacta, cabelo arrumado, maquiagem e um ingresso para cada. Éramos seis: eu e minhas duas amigas (irmãs), a mãe delas, a psiquiatra de 80 anos de uma delas e a amiga da psiquiatra dela. Chegamos para jantar lá, crepe suíço.
    Gente de tudo quanto é tipo.
    Entramos no salão principal. Lugar privilegiado, de frente para o palco. O que mais me encantou foi o teto, lindo e móvel, que serve para melhorar a acústica. Animal.
    Era dia da apresentação de um violoncelista com uma orquestra sinfônica. A música inundava a sala, sem deixar uma brecha: ninguém tossia, ninguém se movia na cadeira e tenho minhas dúvidas se alguém ali respirava.
    Ao final do primeiro movimento, o silêncio foi mais do que sepulcral. Todos estátua. Mas por alguns instantes apenas. Uma salva de palma. Silêncio. Quem foi? Nova batida de mão (não foi o eco). Ali!
    Não vou dedurar aqui quem foi a puxadora de palmas da noite. Só que ela prendeu o cabelo depois, numa tentativa de disfarce. E que um dia ela tentou parar um veleiro com suas mãos.
    Existem algumas situações tentadoras de aplausos, nas quais eles não são bem vindos - nem bem vistos. Todo mundo já devia saber que não se deve aplaudir após o Hino Nacional, por exemplo. Também não é de bom tom aplaudir após uma apresentação do coral da igreja. Agora sabemos: na Sala São Paulo, na dúvida, não aplauda.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Desaventuras Em Série: "Navegar é preciso"

     Meu pai tirou carta de navegador esse ano, depois que resolveu vender seu carro para comprar um veleiro. Este era seu primeiro passeio como marinheiro. Ele, eu e minhas duas amigas (irmãs).
     Para você que achava que era fácil sair de barquinho com motor por aí, apenas deixo aqui poucos e preciosos conselhos:

    1º - Nunca, em hipótese alguma, levante a âncora sem ligar o motor.

    2º - Antes de tentar ligar o motor, verifique o combustível.

    3º - Não inaugure sua carta num mar ressacado.

    4º - E, por favor, não tente brecar um veleiro com as mãos.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Meu minuto no horário eleitoral


        No embalo das eleições, cansada de tanta palhaçada, de tanto tempo perdido de rádio e tv, esquivando-me da (tentativa de) lavagem cerebral eleitoral, resolvi que o Brasil está precisando de uma nova campanha, uma que acrescente na vida da gente.
        Há pouco tempo descobri, numa conversa entre amigos, que a palavra GRÁTIS é falada da mesma forma em várias línguas: português, italiano, dinamarquês, galego, holandês, norueguês, sueco, espanhol, catalão. Achei incrível! Imagine que, assim, até na Torre de Babel as pessoas conseguem se entender nesse ponto. De alguma forma, acaba que as coisas mais simples são as que conseguem unir partes diferentes do mundo.   
        Mas penso que ela está sendo subutilizada! Portanto, faço aqui minha campanha e deposito uma lista de coisas gostosas, GRÁTIS, para todos usarem e abusarem.  

          Aproveite, é grátis:
Nadar no mar.
Dormir estatelado na areia.
Ver a lua.
Ir até o mundo da lua (de preferência durante o horário político).
Ouvir chorinho na praça aos sábados.
Passear num domingo no parque.
Beijo (na boca é mais gostoso).
Abraço (de urso é o mais legal).
Contar um causo.
Jogar conversa fora.
Cantar à capela no chuveiro.
Dançar (de dupla, de grupo ou sozinho na frente do espelho).
Fazer nada.
Ou fazer alguma coisa por aí: 
http://vejasp.abril.com.br/especiais/e-gratis



quarta-feira, 1 de setembro de 2010

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Somatizando


Nem friozinho na barriga, nem borboletas no estômago. O que me incomoda mesmo é essa minha barriga roncando!


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O dia em que eu virei a casaca

    Hoje eu estou do lado de cá. Há mais de 48 horas com uma dor contínua, que se intensifica a cada deglutição. Podia dizer que à beira do insuportável, mas sou obrigada a suportá-la. Estava me auto-tratando há 48 horas completas, com tudo que me sinto no direito, cientificamente ou não comprovado, de spray de própolis (passando por pastilhas) a antibiótico.
    Já quase não conseguindo mais falar, cansada de sentir dor, resolvi que hoje era dia de assumir minha nova posição. Resolvi ir a um pronto-socorro. Agora eu era a paciente.
    Cheguei cedo, mas sou informada de que o otorrino só chegaria em 1 hora. Nesse caso, vou ter que esperar. Seria a primeira paciente do dia de alguém. Tive que aguardar na lanchonete ao lado do hospital, porque minha mãe acha que lá na sala de espera tem “muita bactéria”. Mal sabe ela as condições da minha pele. O relógio batendo no horário previsto para o médico chegar e nada de ouvir meu nome. Minha mãe já queria ir perguntar se o médico tinha chegado. Eu tentava explicar que, na verdade, ele chegava uns 5 minutos atrasado, ainda tinha que colocar seu avental, guardar sua maleta, assumir uma sala, ligar seu computador, dar oi aos colegas e ir ao banheiro, para depois me chamar, com uns 15 minutos de atraso. Nessas horas a gente quer tudo resolvido rápido. Eu sabia que ele não ia me dar um remédio milagroso ali que fosse melhorar minha dor (mas, no fundo, havia esperança). Para que a pressa se eu continuaria doente?
    Pois hoje estou mais pra cá do que pra lá. Aproveito e registro aqui algo para não se esquecer.

                         O lado de CÁ                O lado de LÁ



(desculpe a tabela, depois eu arrumo!)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Resolvi fazer as pazes com o tempo.

Parei de correr contra ele, tentando desacelerar. Faço esforço para não ficar só vendo ele passar. Já parei de pedir mais tempo dele, para o dia não acabar. E, até que enfim, cansei de esperar.


Coitado, devia estar maluco comigo. 

sábado, 21 de agosto de 2010

Todos Contra Uma

Será uma bactéria? Um verme? Um vírus virtual? Não sei, mas acho que o mundo está passando por uma grande epidemia. Será que é tão difícil assim matar a tal da saudade?
Andei reparando o quanto ela é citada por aí. Ou melhor, sentida. Conte quantas vezes você ouve alguém falando isso por semana. Acho que está na hora de declarar Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). E instituir notificação compulsória para esse agravo.
     O principal problema é que nunca, jamais, vamos conseguir acabar com a saudade individualmente, com o uso de máscaras e álcool-gel. Dessa vez, exige-se, no mínimo, uma dupla. Precisaremos nos unir para o controle dessa epidemia. Trata-se de uma questão de saúde pública. A má notícia é que ainda não existe vacina para isso, infelizmente. Mas a boa é que pode ter cura! 
        Não vou me prolongar aqui, porque eu também preciso agir. Cada um com a sua notificação na mão e bóra pra rua, atrás dessa malvada. Deixe seu mundinho de Matrix, que o mundo real pede socorro... 





terça-feira, 17 de agosto de 2010

Muito prazer, eu

Acho que todo mundo um dia para pra pensar sobre a vida. Eu andei pensando muito nisso ultimamente. Que perguntinha irritante essa que aparece na primeira página de todos os sites de relacionamento: “quem sou eu?”. Gastei algum tempo recentemente tentando me responder e, agora, resolvi arriscar.
Princípio básico: quem nós somos hoje é resultado de uma soma de fatores. Onde você morou, onde estudou, sua criação, moral, traumas de infância e adolescência, perdas, ganhos, amigos, decepções, admirações, profissão, religião etc e tal. Tá, isso todo mundo está cansado de saber. Mas o resultado disso tudo é quem???
A resposta é óbvia mesmo, estava ali, o tempo todo, bem na minha frente, gritando, pedindo para ser respondida no meu perfil do Orkut, Facebook, Gmail, Messenger e Twitter. Nós somos isso mesmo, tudo junto e misturado: nossa aparência, etnia, orientação sexual, “estilo”, atividades realizadas, nossas preferências, paixões, gostos – ou o que “curtimos” (filmes, músicas, comidas, programas de tv, livros), nossas admirações, nossos defeitos, o que não suportamos, o que nos atrai, nossos planos e, até mesmo, podemos incluir nossas “citações favoritas” e, pra mim o clímax, “cinco coisas sem as quais não consigo viver".
                                                                                                        Coloquei meu perfil só no final, para quem se interessar. Se essa pergunta também anda ecoando na sua cabeça, arrisque preencher o seu! É uma forma interessante de colocarmos alguma ordem na nossa bagunça.
                                                                                                     INFORMAÇÃO IMPORTANTE (também oferecida por esses sites e às vezes desprezada por nós): não se esqueça de atualizar seu perfil!!! Sim, porque somos lapidados diariamente, sofrendo pequenas transformações que só se tornam visíveis a olho nú após algum tempo.
  
            Vamos lá, respiro fundo e... Quem sou eu, atualizada:
Aparência: 164,5 cm de altura, sempre acima do peso ideal, olhos castanhos, cabelos de qualquer cor - mais pra compridos do que pra curtos. Não tenho tatuagem, ainda. Nunca coloquei um piercing, sempre gostei da ideia, mas acho que passei da idade.
Etnia: descendência diversa, forte influência espanhola.  
Orientação sexual: gosto de Homem (lê-se: não gosto de homem que pinta a unha, pode vir com barriguinha de chope e acho super saudável ser fanático por futebol. Se tiver barba, melhor). 
Estilo: básico??? Este quesito me consumiu muito tempo e ainda assim não consegui me enquadrar. Não sou patricinha nem hippie, odeio salto alto, amo meu All Star, estou quase sempre de calça jeans, uso luvas com dedinhos coloridos, faço escova no cabelo, passo rímel ou lápis todo dia, adoro esmalte estranho e roupa cinza. 
Atividades realizadas: virei pediatra, como sempre disse que iria ser. Meu trabalho, na maior parte do tempo, é meu estudo. Faço academia, dou plantão, dou risada. Vou à igreja. Saio de casa também para dançar, para conversar, para tomar um chopinho ou para fazer nada em outro lugar.
Admiro: pessoas que tratam as outras com consideração, bom senso, empolgação, humildade, pessoas que estudam muito, que sabem muito, gente disposta, fidelidade e todas as panelas que encontraram sua tampa por aí, nesse mundo gigante.
Prefiro se for: de chocolate, de graça, por querer, animado, calor, ficção ou comédia romântica, em português, de competir, de saúde pública, para prevenir, tratável, de dançar, para cantar junto, entre amigos, agora, estável, recíproco, perto, desencanado, alto, carinhoso, inteligente e meu.
Paixões: aquilo que para mim não tem preço. 
Defeitos: meu pecado capital é a preguiça. Além disso, sou impaciente, tagarela e falo o que sinto. Tenho dificuldade em guardar meus segredos. Sou desastrada, desmemoriada e bagunceira. Vivo mais no mundo da lua do que aqui na Terra. Tenho ataque de riso em horas impróprias. Tenho mania de dar susto nos outros. Dou fora. Confundo as pessoas (péssima fisionomista). Algumas pessoas me decepcionam demais (porque acredito demais nelas). Minha mãe também diz que eu sou fria e egoísta. E, muitas vezes, eu desisto. 
Não suporto: cabelo dos outros fora da cabeça deles, esperar, sentir dor, gente preconceituosa, injustiça, pepino e uva passa.
Planos, promessas, vontades: voltar para aula de inglês e de piano, aprender espanhol e francês, participar do controle de uma grande epidemia (e quando eu era pequena não entendia por que meu filme preferido era Ebola), saber o suficiente para ensinar, conhecer quase todo o Mundo, ir a uma Copa do Mundo e me teletransportar.
Noite ou Dia: noite (meu fuso-horário não é daqui, certeza).
Copo metade cheio ou metade vazio: depende do tamanho da minha sede.
Citações favoritas:
“O menino é pai do homem” (Machado de Assis)
“Do pouco dormir e do muito ler, se lhe secou o cérebro” (Miguel de Cervantes)
“O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor” (Pv 16:1)
“Rapadura é doce, mas não é mole não” (?)
“Para o mundo que eu quero descer.” (?) 
As cinco coisas sem as quais não consigo viver: gente, minhas lentes de contato, um descongestionante nasal, meu secador de cabelos e Jesus.


Ufa! E, para você que me aguentou até aqui, vai uma música bônus, para relaxar se quiser pensar no assunto. 

http://www.youtube.com/watch?v=5CK620UTg5o



quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Pra mim, isso não tem preço:

Aprender.
Ver uma criança muito doente melhorar muito.
Passar um fim de semana todo sem trabalhar.
Sair pra dançar.
Encontrar a mãe da sua paciente na balada.
Conhecer gente.
Ter com quem contar.
Ter pra quem contar.
Alguém pra compartilhar.
Apaixonar.
Desapaixonar.
Alguém que te faça rir até chorar.
Chorar de rir sozinho.
Dormir até tarde.         
Comer brigadeiro de colher quentinho.
Ter uma verdadeira gelateria italiana bem embaixo do seu apartamento.
A volta da academia.
Ter sempre o que esperar.
Chegar a hora.
Matar a saudade.
Ter tempo.
Abraço grátis.


terça-feira, 10 de agosto de 2010


 É impressionante como 1 minuto de sonho consegue destruir 1 mês de auto-análise e de auto-controle. 

sábado, 7 de agosto de 2010

Cuidado, perigo!

Existe um negócio chamado de transferência. Já vou tentar explicar. Foi uma das coisas que me marcou na graduação e isso, especificamente, nas aulas de psicologia médica. Porque pode interferir no relacionamento médico-paciente. Acontece quando você transfere o que sente por alguém, conhecido, para outra pessoa, nova na história, e reage a isso. Um médico pode (sem querer) fazer o paciente se sentir confortável como no colo da mãe, ou querer sair correndo, como no colo da madrasta. Depende de quem (ou que) o médico faz o paciente se lembrar. 
Pode acontecer fora do consultório também. Sabe quando você acaba de conhecer alguém e sente que “não foi com a cara”? Então... Pode ser que uma pessoa te faça feliz, confortável, seguro, sem qualquer motivo que você se recorde. Ou faça você se sentir inquieto, angustiado, por nada. Cuidado! O nosso inconsciente é muito poderoso mesmo. Às vezes faz você tomar atitudes erradas, sem saber. E às vezes não tem volta...
Isso devia ser divulgado por aí. Iria poupar muitos desacontecimentos. 


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

pra tudo existe um começo

  Meu gosto pelas letras apareceu já na minha infância. Eu é que não tinha percebido. Segundo relatos familiares, sempre tive a estranha capacidade de inventar palavras. Minha mãe, professora de português, amante da língua culta, se preocupava muito com onde isso ia chegar. Eu também. Na escola, tive alguma dificuldade nas redações, pois não sabia se aquilo que queria escrever, de fato, existia. Mas acabei passando bem. Em casa, o pessoal já se acostumou e usa até algumas palavras como se fossem normais. 
  É impressionante como sofremos influências ao longo da vida, e vamos nos tornando no que somos. Depois que comecei a estudar pro vestibular, parei de inventar. Só queria absorver. Na faculdade, não foi muito diferente não. E os interesses eram outros. Aproveitar: era a palavra da vez. Pois foi muito bem curtida! 
  E após algum conhecimento adquirido sobre anatomia, farmacologia, psicobiologia e todas essas outras matérias que me fizeram ser, hoje, médica, e após alguns namorados que foram e outros tantos que não foram, após noites não dormidas de plantão, após uma porção de amigos deixados ao longo do caminho e poucos que continuam seguindo comigo, após quase 30 anos de existência (ai, crise), enfim, após isso tudo virei o que sou, por ora! E foi agora que fiquei com vontade de escrever. 
  Ah, tem mais uma coisa: algumas palavras aqui pode parecer que eu estou inventando. Mas, cuidado, pode ser apenas um hábito ruim de nós médicos (e patognomônico), de incorporar termos técnicos ao nosso vocabulário comum...
  Bom, vamos ver onde isso vai chegar!