sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Desaventuras Em Série: "Silêncio, por favor"

    Outro dia fomos à Sala São Paulo. Após quase 01 semana esperando, a oportunidade de conhecer aquele belíssimo espaço da cidade de São Paulo, ponto turístico e cultural não facultativo, chegara. Roupa intacta, cabelo arrumado, maquiagem e um ingresso para cada. Éramos seis: eu e minhas duas amigas (irmãs), a mãe delas, a psiquiatra de 80 anos de uma delas e a amiga da psiquiatra dela. Chegamos para jantar lá, crepe suíço.
    Gente de tudo quanto é tipo.
    Entramos no salão principal. Lugar privilegiado, de frente para o palco. O que mais me encantou foi o teto, lindo e móvel, que serve para melhorar a acústica. Animal.
    Era dia da apresentação de um violoncelista com uma orquestra sinfônica. A música inundava a sala, sem deixar uma brecha: ninguém tossia, ninguém se movia na cadeira e tenho minhas dúvidas se alguém ali respirava.
    Ao final do primeiro movimento, o silêncio foi mais do que sepulcral. Todos estátua. Mas por alguns instantes apenas. Uma salva de palma. Silêncio. Quem foi? Nova batida de mão (não foi o eco). Ali!
    Não vou dedurar aqui quem foi a puxadora de palmas da noite. Só que ela prendeu o cabelo depois, numa tentativa de disfarce. E que um dia ela tentou parar um veleiro com suas mãos.
    Existem algumas situações tentadoras de aplausos, nas quais eles não são bem vindos - nem bem vistos. Todo mundo já devia saber que não se deve aplaudir após o Hino Nacional, por exemplo. Também não é de bom tom aplaudir após uma apresentação do coral da igreja. Agora sabemos: na Sala São Paulo, na dúvida, não aplauda.

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