quinta-feira, 5 de agosto de 2010

pra tudo existe um começo

  Meu gosto pelas letras apareceu já na minha infância. Eu é que não tinha percebido. Segundo relatos familiares, sempre tive a estranha capacidade de inventar palavras. Minha mãe, professora de português, amante da língua culta, se preocupava muito com onde isso ia chegar. Eu também. Na escola, tive alguma dificuldade nas redações, pois não sabia se aquilo que queria escrever, de fato, existia. Mas acabei passando bem. Em casa, o pessoal já se acostumou e usa até algumas palavras como se fossem normais. 
  É impressionante como sofremos influências ao longo da vida, e vamos nos tornando no que somos. Depois que comecei a estudar pro vestibular, parei de inventar. Só queria absorver. Na faculdade, não foi muito diferente não. E os interesses eram outros. Aproveitar: era a palavra da vez. Pois foi muito bem curtida! 
  E após algum conhecimento adquirido sobre anatomia, farmacologia, psicobiologia e todas essas outras matérias que me fizeram ser, hoje, médica, e após alguns namorados que foram e outros tantos que não foram, após noites não dormidas de plantão, após uma porção de amigos deixados ao longo do caminho e poucos que continuam seguindo comigo, após quase 30 anos de existência (ai, crise), enfim, após isso tudo virei o que sou, por ora! E foi agora que fiquei com vontade de escrever. 
  Ah, tem mais uma coisa: algumas palavras aqui pode parecer que eu estou inventando. Mas, cuidado, pode ser apenas um hábito ruim de nós médicos (e patognomônico), de incorporar termos técnicos ao nosso vocabulário comum...
  Bom, vamos ver onde isso vai chegar!

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