sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O dia em que eu virei a casaca

    Hoje eu estou do lado de cá. Há mais de 48 horas com uma dor contínua, que se intensifica a cada deglutição. Podia dizer que à beira do insuportável, mas sou obrigada a suportá-la. Estava me auto-tratando há 48 horas completas, com tudo que me sinto no direito, cientificamente ou não comprovado, de spray de própolis (passando por pastilhas) a antibiótico.
    Já quase não conseguindo mais falar, cansada de sentir dor, resolvi que hoje era dia de assumir minha nova posição. Resolvi ir a um pronto-socorro. Agora eu era a paciente.
    Cheguei cedo, mas sou informada de que o otorrino só chegaria em 1 hora. Nesse caso, vou ter que esperar. Seria a primeira paciente do dia de alguém. Tive que aguardar na lanchonete ao lado do hospital, porque minha mãe acha que lá na sala de espera tem “muita bactéria”. Mal sabe ela as condições da minha pele. O relógio batendo no horário previsto para o médico chegar e nada de ouvir meu nome. Minha mãe já queria ir perguntar se o médico tinha chegado. Eu tentava explicar que, na verdade, ele chegava uns 5 minutos atrasado, ainda tinha que colocar seu avental, guardar sua maleta, assumir uma sala, ligar seu computador, dar oi aos colegas e ir ao banheiro, para depois me chamar, com uns 15 minutos de atraso. Nessas horas a gente quer tudo resolvido rápido. Eu sabia que ele não ia me dar um remédio milagroso ali que fosse melhorar minha dor (mas, no fundo, havia esperança). Para que a pressa se eu continuaria doente?
    Pois hoje estou mais pra cá do que pra lá. Aproveito e registro aqui algo para não se esquecer.

                         O lado de CÁ                O lado de LÁ



(desculpe a tabela, depois eu arrumo!)

Um comentário:

MamaforWomen disse...

Simplesmente AMEI!!!!! Vc retratou a minha sensação 100% hahahahahaha...Carolita,...vc me surpreende sempre!!!bjos