Meu depósito de devaneios, desabafos, vontades, tapas na cara e de coisas esquisitas que existem por aí (e por aqui).
sábado, 30 de outubro de 2010
Procura-se:
homem alto, descabelado, barbudo, que goste de rock e samba, que acredite no amor, que seja carinhoso e me acorde antes do meu despertador, que tenha paciência, que entenda que eu tenho sempre razão, pra ir ao mercado comigo, checar a água e óleo do meu carro, arrumar meu computador, que goste do meu cabelo mesmo de manhã, que consiga ficar algumas horas jogando conversa fora sozinho comigo tomando um chopinho, que não assista televisão, que finja interesse por meus assuntos médicos, que não se incomode com a minha bagunça nem com o jeito torto com que eu aperto a pasta de dente, que não tampe o ouvido enquanto eu canto desafinada por aí, que me faça ir dormir cedo, que não se importe com marcas, que goste de andar de bicicleta, que não me troque pelo futebol aos domingos, que aguente minhas reclamações da vida, que me deixe a fim e que seja recíproco, solteiro e que não seja gay.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Escorregando
Sobre o dia em que eu acordei e resolvi escrever.
Eu sou assim meio impulsiva mesmo. A idéia de ter um blog nunca havia me passado pela cabeça. Até que eu comecei a escrever e-mails que não deveriam ser enviados, se é que alguém me entende. Mas eu tenho esse problema de pensar alto e não conseguir guardar segredo. E, ao mesmo tempo, comecei a ler uns blogs por aí. E juntando minha vontade de falar, de ser ouvida (mesmo que pelo silêncio) e certo atrevimento em transformar sentimentos em palavras, ainda que nada poéticas, resolvi blogar.
E de supetão eu decidi inaugurar isso aqui. Mas o site ficava me pedindo um nome. E era urgente, porque sem o nome não tinha o endereço e sem endereço não tinha blog e sem meu blog eu estava muda e como mulher eu preciava falar.
A história do nome. Assim, bem colegial e pediatra, tentei primeiro que se chamasse "bloguinho". Mas, por incrível que pareça, já existia. Não conseguia achar um nome único, era só eu pensar que já estava lá, em algum lugar. Mas, como esperar isso de mim?, se eu mesma me chamo Ana Carolina e a coisa mais normal do mundo é ter nome repetido. Infelizmente, nesse mundo do blogger, repetir nome não vale. Foram então surgindo outras idéias infantis já plagiadas, como Bolinha de Sabão, Conversa de Botequim, Sassaricando, Papo Furado, Etc e Tal...
Em meio a essa urgência nominal, surgiu Escorregando... Esse nome vira-e-mexe me vem à mente porque minha madrinha querida sempre tocava essa música no piano para mim, Escorregando, e eu amava, ainda amo, e ainda quero aprender a tocá-la. Além disso, para os que gostam de fosforilar sobre tudo, escorregando poderia significar meus tropeços pela vida, numa idéia de continuidade, nunca o tombo final. Aí pegou. E esse nome eu consegui pegar primeiro.
Às vezes me dá muita vontade de mudar o nome do blog. E as cores. Acho que é tudo um estado de espírito. Então não se assuste se um dia entrar aqui e encontrar um neon ou se ficar tudo branco na mais pura paz, ou muito colorido. Ainda não encontrei outro nome para ele, mas virá. Porque, nessa vida, mudar é inevitável. E o escorregando estará sempre ali, ao lado dos dois-pontos-barra-barra.
Agora estou aqui, sem enxergar a saída, viajando nesse mundo paralelo e mágico dos blogs. Onde eu posso falar o que eu quiser, alto ou baixo (ou gritar), verdades, mentiras, vontades. Onde só lê quem quer e acredita quem tem coragem - ou necessidade. Tudo sem incomodar ninguém. Sem esperar resposta (apesar de adorar comentários). Sem esperar nota alta ou estrelinha. Agradando a alguns, afastando outros. Num semi-anonimato. Meu novo vício. Meu divã.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
No país das maravilhas
Percebi que para dormir basta fechar os olhos. Esse negócio de colocar pijama, ir pra cama e apagar a luz, não tem nada a ver.
Descobri que o dia pode ter mais de 24 horas! E descobri que a gente aguenta. Porque eu achava impossível ficar mais de um dia todo sem dormir. E seguir trabalhando. E dirigir para casa depois como se nada estivesse acontecendo. E querer continuar acordada porque dormir no seu tempo livre é um desperdício!
Conheci gente que não é gente. E muita vida desgracenta, mas cheia de graça.
Vi que ser ator não é privilégio de artista. Tem muito palco e muita fantasia por aí. E no fim do ato você pode estar exausto.
Aprendi que a situação que a gente passa maior risco de morte, na vida, é ao nascer. E que esses pontinhos pretos que eu enxergo são moscas volantes.
Tem mais algumas coisas que não são relevantes agora. Que eu estou cansada e amanhã meu dia tem 36 horas. Eu só não queria deixar passar em branco o nosso feriado.
Descobri que o dia pode ter mais de 24 horas! E descobri que a gente aguenta. Porque eu achava impossível ficar mais de um dia todo sem dormir. E seguir trabalhando. E dirigir para casa depois como se nada estivesse acontecendo. E querer continuar acordada porque dormir no seu tempo livre é um desperdício!
Conheci gente que não é gente. E muita vida desgracenta, mas cheia de graça.
Vi que ser ator não é privilégio de artista. Tem muito palco e muita fantasia por aí. E no fim do ato você pode estar exausto.
Aprendi que a situação que a gente passa maior risco de morte, na vida, é ao nascer. E que esses pontinhos pretos que eu enxergo são moscas volantes.
Tem mais algumas coisas que não são relevantes agora. Que eu estou cansada e amanhã meu dia tem 36 horas. Eu só não queria deixar passar em branco o nosso feriado.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Meu campo magnético na Terra
Outro dia fiquei imaginando quanta coisa tem que acontecer para que as pessoas se encontrem. Não que eu acredite em sorte, porque de fato não é isso que rege minha vida, mas tenho andado com muita ultimamente. Muita gente boa tem passado por perto de mim.
Esse ano eu tive o privilégio de fazer grandes novos amigos. Chega a ser difícil de explicar. Faz tempo que tento colocar em palavras esse meu encantamento e sem sucesso fui deixando para depois. Mas agora, com um boom de personalidades incríveis passando e indo e ficando por aqui, sinto esse post quase como uma obrigação, numa forma de agradecimento.
A começar por minha amiga homônima e sua irmã, minhas companheiras inseparáveis. Minha constelação (as três Anas). Donas de tantas das minhas histórias. O que seria de mim sem vocês? Com certeza, no mínimo, muito menos.
Também minha outra grande parceira, que funciona como uma mãe, como meu apoio, que insiste andar junto comigo, seguindo sempre o mesmo caminho, seja ladeira acima ou abaixo. Sem você eu caio, certeza.
Meu amigo japa, gêmeo, que carrega minhas alergias, minha manias, minha companhia e o peso de provavelmente ter sido separado de mim na maternidade! Nem preciso dizer mais o quanto é pra mim.
E essas meninas maravilhosas que compartilham comigo agora o dia-a-dia da nossa chefia, numa cumplicidade que nunca imaginei encontrar, sempre me ajudando, cuidando e cutucando, com o objetivo final de chegar lá. E estamos quase. E juntas. E amigas. E espero que continuem por aqui sempre.
Não sei se foi a Terra que mudou de lugar ou se fui eu que resolvi (sem-querer) ocupar outro espaço no mundo. Alguma coisa decerto aconteceu que me fez conhecer de novo pessoas que eu já conhecia e que agora orbitam comigo com interesses em comum, vendo a vida muitas vezes quase da mesma janela. Demais! E assim vou (re)descobrindo e conhecendo amigo de amigo feito inércia...
Até o dia em que eu conheci 30 de uma vez só. Impossível arrumar 30 iguais vindos de partes tão diferentes. E a gente era bem desse jeito, cada um mais peculiar que o outro. 30 cabeças. 30 vontades. 30 estilos. 30 expectativas. 30 nomes. E no fim uma coisa só. Um mais receptivo que o outro. Uns mais pais. Uns mais filhos. Uns mais jovens. Uns mais próximos. Uns mais longe. E começou ali com a gente. Todos querendo continuar. Quanto prazer em conhecê-los!
É porque meu mundo gira assim, chacoalhando, me empurrando pra perto de tanta gente incrível, que eu fico com essa vontade de viver, apaixonada, encantada e agradecida.
Tks
:**************
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Doze de outubro
A vocês,
Que deixam o meu dia mais leve
Que me ajudam a trabalhar quase sem perceber
Que transformam a própria dor em alegria
Que às vezes me dão dor de cabeça
Que me surpreendem com um beijo e um abraço
Que agradecem com um sorriso
Que me fazem rir mesmo no meio do maior mau humor do mundo
Que muitas vezes são mais fortes do que eu
Que me fazem precisar de ajuda para segurar
Que me fazem querer saber mais
Que falam com toda sinceridade
E que não veem maldade
Eu desejo, a todas, um feliz dia das crianças! :)
Que deixam o meu dia mais leve
Que me ajudam a trabalhar quase sem perceber
Que transformam a própria dor em alegria
Que às vezes me dão dor de cabeça
Que me surpreendem com um beijo e um abraço
Que agradecem com um sorriso
Que me fazem rir mesmo no meio do maior mau humor do mundo
Que muitas vezes são mais fortes do que eu
Que me fazem precisar de ajuda para segurar
Que me fazem querer saber mais
Que falam com toda sinceridade
E que não veem maldade
Eu desejo, a todas, um feliz dia das crianças! :)
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Coisa de mulher
E ela amava tanto, queria tanto, sentia tanta saudade! Gastou seu tempo, seu sono, suas calorias e suas lágrimas... Até o dia em que ela o conheceu e viu que não. Definitivamente, não.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
De vez em quando dá uma vontade...
Você, que ocupa espaço demais, que passa bagunçando tudo, com falso discurso, falsas idéias e cheio de desculpas esfarrapadas. Você que não acrescenta. Ei, você!:
V a i -p r a -Tonga da Mironga do Kabuletê!
Vá por aqui, por favor.
Pois entre e caiba, reze e creia, ouça e, por favor!, fale. E, acima de tudo, pague pra ver...
*Porque ninguém aqui é de ferro.
Ufa!
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