Deve ser por isso que eu choro em toda passagem de ano. Que energia estranha que toma conta quando vejo os fogos e a gritaria e os abraços. Não adianta negar, por mais que se trate de apenas um fim de semana, não é como outro qualquer. É o fim. E o início. É a renovação da esperança de um ano sempre e cada vez melhor. É a lembrança do que passamos durante o ano que se vai, assim, de repente, numa fração de segundo. E todas as coisas que estão ficando pra trás.
Como retrospectiva particular, procuro uma palavra que mais se aproxime da definição de 2010 para mim. INTENSIDADE. Nos risos e nas lágrimas, esse ano foi assim. Intenso. Conheci pessoas maravilhosas, algumas eu até achava que já conhecia, mas tive a oportunidade do convívio. Posso dizer que me redescobri no meio de uma bagunça latente e comecei a me organizar. Curti uma saudade imensa e chata. Encontrei pedras no meu caminho e chutei pra bem longe. Comecei a escrever! Só quem escreve sabe o prazer que é postar. Ainda que eu não escreva de fato, tornou-se minha rota de fuga predileta e confesso que muito me ajudou.
E assim pensando, minha memória é tão fraca, logo esqueço qualquer coisa. Não sei recontar um filme que tenha gostado, nem me lembro qual foi a última novela que passou na tv, nem o nome do pessoal que estudou comigo por anos e anos no colégio. Mas não terei como me esquecer de tanto sentimento vivido em 2010 e publicado. E nem como deixar passar o que ficou por trás dos panos desses desesperos e alegrias lidos por aqui.
Hoje deixo meu último post no Escorregando. Engraçado que é o primeiro que eu escrevo direto no blog, sem rascunho. Algo nostálgico. Algo inspirador. Ano novo, blog novo! Que venham novas surpresas para todos, muita energia positiva e estabilidade. Receita infalível para um ano melhor.

